Macau Marketing segue transformando seu cubo na esquina da 21 de abril em espaço para manifestação artística.

Tudo começou em 2018, quando a ideia de usar o cubo cinza na esquina da agência como espaço para criação de manifestações artísticas nasceu.

Naquela época, o tema escolhido pela equipe da agência foram os índios kaingangs, etnia que habitava aqui nessa região.

O artista Guilherme Lemos veio então transformar em realidade a ideia – dois índios -, uma mulher e um homem, retratados nas duas paredes – uma com face para 21 de abril, outra com face para Claudio Manoel da Costa – e acabaram se transformando em ícones para quem passava ali por aquelas bandas no bairro Maria Izabel.

Três anos depois, sentimos que era hora de mudar.

caa (mato) e ingang (morador)

Os caingangues protegeram a nossa esquina por quase 3 anos. Expuseram suas faces coloridas às intempéries do clima, jamais vandalizados, nunca sozinhos. Quando nos afastamos, eles seguiram como verdadeiras entidades afastando os maus agouros. Seguimos em reclusão enquanto eles sorriam para o trânsito, ciclistas, passantes, para os que estavam em fila no posto de saúde do outro lado da rua, apontando diariamente que a vida flui, os rios correm, o vento sopra e as tempestades, por mais que longas, um dia, terminam. Nos despedimos de nosso grafite com a sensação de que, assim como a natureza, precisamos aprender a mudar. O espírito de morador do mato, de proteção à nossa gente e à nossa terra, segue conosco.

O registro do adeus aos nossos índios mostrou o quanto eles eram queridos e o quanto a ideia de ter ali, na nossa parede, um espaço para arte, se tornou importante.

Começamos, então, a buscar um artista que captasse a nossa energia e desse seguimento à essa história que começamos a contar.

Encontramos o que procurávamos no artista Cusco Rebel, já há tempos admirado e exaltado pelo nosso time.

Cusco resume bem o espírito da coisa já no seu status do Instagram – A ARTE CURA.

Artista visual multidisciplinar, Cusco tem trabalhos espalhados por diversos lugares do mundo, de becos em Venice Beach, Califórnia, a grandes escritórios e imóveis em São Paulo e Nova York.

Sua arte envolve técnicas do graffiti, passando pelo stencil, colagem, assemblagem, spraypaint e técnicas aprimoradas de pintura acrílica. Também gosta de explorar suportes diferenciados como mobiliários, objetos e carros, buscando uma constante fuga do tradicional.

Um presente para gente e para cidade.

A dica do que vem por aí?

Quando o leste encontrou o oeste, esgotaram-se as longitudes. Os ventos de lá, suas auroras e crepúsculos de cores hipnotizantes, todas as nuances da luz do Sol… Talvez tenham sido elas que os tenham prendido por aqui. Pisamos, desde 117 anos, na mesma terra, pacientes e quase em meditação, como quem quer ver brotar nada menos do que um Lotus a cada passo. Seguimos guiados pelo sol nascente. Mirando o leste, o amanhã de todas as cores. Não existem longitudes nem distância. Estamos todos aqui.

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